Farmacopeias

Farmacopeias



Por farmacopeia (do grego Pharmakon, droga, fármaco; poeio, faço) entende-se uma lista de fármacos e de fórmulas para preparar diversos medicamentos. É pois um livro oficial, elaborado por uma comissão, o qual estabelece normas farmacêuticas destinadas a assegurar, num espaço político - geográfico determinado, a uniformidade da natureza, da qualidade, da composição e da concentração dos medicamentos aprovados ou tolerados, sendo essas normas obrigatórias e estabelecidas pelas entidades competentes e a elas se devendo cingir o farmacêutico.
Em Portugal houve várias farmacopeias do tipo dispensatório (não oficializadas). A primeira delas, publicada em 1704 designada por Pharmacopea Lusitana, deveu-se ao farmacêutico Frei D. Caetano de Santo António.   
Em 1794, durante o reinado de Maria I, foi publicada a primeira farmacopeia portuguesa oficializada, a qual foi escrita pelo médico da rainha Dr. Francisco Tavares.
Cada nação tem a sua própria farmacopeia, havendo, no entanto, excepções constituídas por países que tornaram obrigatório o uso de farmacopeia pertencentes a outras nações.
Principais Farmacopeias:
·         Austrian Pharmacopoeia
·         British  Pharmacopoeia
·         Chinese  Pharmacopoeia
·         Deutsches Arzneibuch
·         European Pharmacopoeia
·         Farmacopea Ufficiale della Republica Italiana
·         Farmacopeia Portuguesa
·         Farmakopea Polksa
·         International Pharmacopoeia
·         Nederlandse Farmacopee
·         Pharmacopée Belge
·         Pharmacopée Française
·         Pharmacopoeia Helvetica
·         The Pharmacopeia of Japan
·         United States Pharmacopeia

Ao longo dos anos fizeram se alguns ajustes foram editados novos volumes, acompanhados de diversos formulários. Por exemplo, a subcomissão de Farmácia Galénica da Farmacopeia Portuguesa IV procedeu à elaboração de um formulário galénico nacional, de que foram publicados 2 volumes.
Nos Estados Unidos têm sido publicados, regularmente, e a partir de 1882, diversos formulários nacionais. O National Formulary 20, cuja oficialização acompanhou a da USP 25. É correntemente designado pela abreviatura N.F.20.
Na Grã-Bretanha observa-se também certa periodicidade no aparecimento dos formulários nacionais, a qual coincide com as novas edições da farmacopeia. O formulário nacional inglês denomina-se The British Pharmaceutical Codex e é conhecido pela abreviatura B.P.C.


 


Formas Farmacêuticas

Formas Farmacêuticas



Os medicamentos apresentam-se sob diversas formas, a que chamaremos formas farmacêuticas. Estas são o resultado das várias operações a que se submetem as substâncias medicamentosas a fim de facilitar a sua posologia, administração, mascarar os caracteres organolépticos e assegurar a ação desejada. As formas farmacêuticas são muitas vezes também designadas por formas galénicas ou formas medicamentosas. Há diversos tipos de formas farmacêuticas, como os pós, os comprimidos, os xaropes, as pomadas, os supositórios, os óvulos, os colírios, etc., podendo, conforme, a conveniência, uma mesma substância medicamentosa ser dispensada sob uma ou outra destas formas. A penicilina G constitui exemplo de um produto que poderá ser utilizado sob a forma de pó, de solução aquosa, de xarope, de cápsulas, de comprimidos, de pomadas, de supositórios, de injectável, de óvulos, etc. Estas diferentes formas de apresentação constituem as formas farmacêuticas e cada uma delas, individualmente, corresponde a uma fórmula ou medicamento contendo penicilina. Como se compreende, haverá numerosíssimas fórmulas apresentadas sob a mesma forma galénica, já que o conceito de fórmula depende unicamente do critério qualitativo e quantitativo que preside à sua elaboração.

Fonte: Tecnologia Farmacêutica I Volume ( L.Nogueira Prista, A. Correia Alves, Rui Morgado, J. Sousa Lobo)